Sexta-feira, 27 de Março de 2009

No âmbito da disciplina de Área de Projecto estamos a desenvolver o tema da Sexualidade e decidimos conjugar este tema com o estudo do episódio de Inês de Castro d’ Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, estudado nas aulas de Língua Portuguesa.

O tema da Sexualidade e do Amor despertam o interesse dos jovens da nossa idade.

Com este trabalho pretendemos conhecer o modo como o Amor era vivido no tempo de Inês de Castro e aprendermos a gerir os nossos sentimentos e relacionamentos.

Fomos ajudados neste trabalho pela professora de Língua Portuguesa, Isabel Barroso e pela professora de Área de Projecto, Almerinda Martins.

 



publicado por Laços Eternos às 11:04
Sexta-feira, 27 de Março de 2009

 

"Coimbra, 25 de Março de 1335

 

Querido Diário,

 

 

Hoje será a última vez que vou escrever em ti, pois hoje é o dia em que vou ser executada.

Estou tão triste, não consigo perceber porque é que vou morrer. Por amar algém?... Hoje vou abandonar a Terra e vou cá deixar as pessoas que mais amo neste Mundo! É muito triste esta situação, pois eu sei que hoje mesmo morrerei e sei que ao partir não poderei educar os meus filhos, não os poderei ver crescer e não lhes poderei dizer que os amo.

Não entendo como é que existem pessoas tão frias ao ponto de matarem uma mulher só porque esta lutou por amor. Neste momento, sinto que todo o esforço que fiz foi em vão. Neste momento, estou a ser invadida por milhares de perguntas que me questionam.

 Se os obstáculos por que passei terão valido a pena?...

Sei que nada, nem mesmo a morte apagará todo o amor que sinto por Pedro...

Obrigada por guardares todos os meus segredos,

 

Inês de Castro"

 

 

 

Telma Alves

 



publicado por Laços Eternos às 08:43
Quinta-feira, 26 de Março de 2009

Querido Diário:

O meu sonho acabou… A minha vida que até aqui era  um mar de rosas tornou-se num pesadelo.

Um pesadelo que me atormentará para o resto da minha vida e morte, como farei e o que farei agora sem a minha adorada?

Como é que o meu pai foi capaz? O meu próprio pai!? O mesmo pai que preferiu a opiniao do réles povo aos sentimentos do seu próprio filho.

Compreendo que não estejas e entender… Nem tu, meu amigo, senão fosses um objecto, conseguirias fazer uma maldade destas…

Foi o meu pai… foi o meu próprio pai que mandou matar Inês. Já não bastou ter sido obrigado a casar com Constança??

Da minha amada Inês, só tenho os nossos filhos como lembrança…

Nem me deixaram despedir-me, tocar uma última vez naquela pela branca como a neve que tanto me fascina.

Mas, descansa, meu único e fiel amigo, pois eu não o farei sem antes vingar a sua morte. Do meu pai não me vingarei, Deus fá-lo-à por mim, aplicando-lhe um grande peso na consciência por ter morto uma pobre criatura indefesa. Mas sim, vingar-me-ei do povo, do meu próprio povo, pois não se irá ficar a rir de me ter tirado o melhor que tinha na minha vida, irei fazer o que eles mais temiam:

Que Inês fosse coroada!

Querido Diário, obrigado por me teres ouvido, sinto-me muito melhor embora continue verdadeiramente desapontado com o meu pai, mas agora, se me dás licença, vou tratar da minha vingança para honrar a minha adorada Inês, começando por avisar o meu “querido” pai…

Até logo, voltarei a falar-te

para te contar da reacção dos

malditos assassinos

e do meu pai.

 

 

 

Feito por: Inês Costa

 



publicado por Laços Eternos às 23:58
Quinta-feira, 26 de Março de 2009

 

Na nossa opinião, o episódio da Inês de Castro é um dos episódios mais bonitos d’ Os Lusíadas. Através da leitura do episódio percebemos que o amor entre D. Pedro e D. Inês não era uma simples atracção física, era amor verdadeiro e bastante forte. O amor pode proporcionar – nos momentos de pura alegria, mas também momentos de muita angústia e sofrimento. Esta foi uma das conclusões que tirámos ao ler o episódio de D. Inês.
Este lindíssimo episódio é exemplo da mestria, que comprova o “engenho e a arte” que o poeta pede na Proposição e confirma que Camões é indiscutivelmente um dos melhores escritores/poetas portugueses de todos os tempos.

 

 

Telma Alves, Ana Fernandes, Inês Costa, Inês Lopes e Célia Carmo.



publicado por Laços Eternos às 23:52
Quinta-feira, 26 de Março de 2009

 Tal como Pedro e Inês outros pares românticos ficaram célebres na história de todos os tempos.

 

 

                     Romeu & Julieta

 

 

                   

 

 

 

 

 

 

 

 

                

 

 

 

 

                         Mickey & Minnie

 

                     Popeye & Olive

 

 

                                 Sansão e Dalila

                                

                                  Ulisses e Penélope

                                

                                           Adão e Eva

 

https://rd3.videos.sapo.pt/play?file=http://videos.sapo.pt/

 



publicado por Laços Eternos às 23:35
Quinta-feira, 26 de Março de 2009

 

 

 

 

Juntos até à eternidade jazem...

 

 

 

D. Pedro                                                                                 Inês de Castro

 

no...

 

 

                         

                                                                         Mosteiro de Alcobaça.

 



publicado por Laços Eternos às 22:21
Quinta-feira, 26 de Março de 2009

Podes escontrar a história de Inês de Castro ou o romance entre Inês de Castro e D. Pedro em diversas artes: em livros, filmes, músicas, pinturas, esculturas, etc...

 

  • Em livros

 

A tragédia " A Castro", publicada em 1587, foi a primeira tragédia clássica portuguesa e foi escrita por António Ferreira.

 

 

As  Adivinhas de Pedro e Inês escritas por Agustina Bessa-Luís em 1986.

 

 

 

O Amor infinito de Pedro e Inês escrito por Luís Rosa

 

 

 

Inês de Portugal escrito por João Aguiar.

 

 

 

  • Em filmes

Inês de Castro, realizado em 1945.

 

 

Inês de Portugal,

 

 

 

  • Na Escultura

 

 

 

 

 

  •  Teatro

 

  • Dança

 

 

 

  • Pintura

 

 

 

  • Música

 

 

 

 

 

 

  •  Poesia

 

Toldam-se os ares,
Murcham-se as flores;
Morrei, Amores,
Que Inês morreu.
«Mísero esposo,
Desata o pranto,
Que o teu encanto
Já não é teu.
«Sua alma pura
Nos Céus se encerra;
Triste da Terra,
Porque a perdeu.
«Contra a cruenta
Raiva íerina,
Face divina
Não lhe valeu.
«Tem roto o seio
Tesoiro oculto,
Bárbaro insulto
Se lhe atreveu.
«De dor e espanto
No carro de oiro
O Númen loiro
Desfaleceu.
«Aves sinistras
Aqui piaram
Lobos uivaram,
O chão tremeu.
«Toldam-se os ares,
Murcham-se as flores:
Morrei, Amores,
Que Inês morreu.»


Bocage
Antes do fim do mundo, despertar,
Sem D. Pedro sentir,
E dizer às donzelas que o luar
E o aceno do amado que há-de vir...

E mostrar-lhes que o amor contrariado
Triunfa até da própria sepultura:
O amante, mais terno e apaixonado,
Ergue a noiva caída à sua altura.

E pedir-lhes, depois fidelidade humana
Ao mito do poeta, à linda Inês...
À eterna Julieta castelhana
Do Romeu português.
Miguel Torga
 
 
 

 

Inês Morreu
 
Inês morreu e nem se defendeu
da morte com as asas das andorinha
pois diminuta era a morte que esperava
aquela que de amor morria cada dia
aquela ovelha mansa que até mesmo cansa
olhar vestir de si o dia-a-dia
aquele colo claro sob o qual se erguia
o rosto envolto em loura cabeleira
Pedro distante soube tudo num instante
que tudo terminou e mais do que a Inês
o frio ferro matou a ele.
Nunca havia chorado é a primeira vez que chora
agora quando a terra já encerra
aquele monumento de beleza
que pode Pedro achar em toda a natureza
que pode Pedro esperar senão ouvir chorar
as próprias pedras já que da beleza
se comovam talvez uma vez que os humanos
corações consentiram na morte da inocente Inês
E Pedro pouco diz só diz talvez
Satanás excedeu o seu poder em mim
deixem-me só na morte só na vida
a morte é sem nenhuma dúvida a melhor jogada
que o sangue limpe agora as minhas mãos
cheias de nada
ó vida ó madrugada coisas do princípio vida
começada logo terminada.
Ruy Belo

Cantata à morte de Inês de Castro

Bocage

As filhas do Mondego a morte escura,
Longo tempo, chorando, memoraram.
Longe do caro Esposo Inês formosa
Na margem do Mondego
As amorosas faces aljofrava
De mavioso pranto.
Os melindrosos, cândidos penhores
Do tálamo furtivo,
Os filhinhos gentis, imagem dela,
No regaço da mãe serenos gozam
O sono da inocência.
Coro subtil de alígeros Favónios
Que os ares embrandece,
Ora enlevado afaga
Com as plumas azuis o par mimoso,
Ora solto, inquieto,
Em leda travessura, em doce brinco,
Pela amante saudosa,
Pelos ternos meninos se reparte,
E com ténue murmúrio vai prender-se
Das áureas tranças nos anéis brilhantes.
Primavera louçã, quadra macia
Da ternura e das flores,
Que à bela Natureza o seio esmaltas,
Que no prazer de Amor ao mundo apuras
O prazer da existência,
Tu de Inês lacrimosa
As mágoas não distrais com teus encantos.
Debalde o rouxinol, cantor de amores,
Nos versos naturais os sons varia;
O límpido Mondego em vão serpeia
Co'um benigno sussurro, entre boninas
De lustroso matiz, almo perfume;
Em vão se doira o Sol de luz mais viva,
Os céus de mais pureza em vão se adornam
Por divertir-te, ó Castro;
Objectos de alegria Amor enjoam,
Se Amor é desgraçado.
A meiga voz dos Zéfiros, do rio,
Não te convida o sono:
Só de já fatigada
Na luta de amargosos pensamentos
Cerras, mísera, os olhos;
Mas não há para ti, para os amantes
Sono plácido e mudo;
Não dorme a fantasia, Amor não dorme:
Ou gratas ilusões, ou negros sonhos
Assomando na ideia, espertam, rompem
O silêncio da Morte.
Ah!, que fausta visão de Inês se apossa!
Que cena, que espectáculo assombroso
A paixão lhe afigura aos olhos d'alma!
Em marmóreo salão de altas colunas,
A sólio majestoso e rutilante
Junto ao régio amador se crê subida;
Graças de neve a púrpura lhe envolve,
Pende augusto dossel do tecto de oiro,
Rico diadema de radioso esmalte
Lhe cobre as tranças, mais formosas que ele;
Nos luzentes degraus do trono excelso
Pomposos cortesãos o orgulho acurvam;
A lisonja sagaz lhe adoça os lábios;
O monstro da política se aterra
E, se Inês perseguia, Inês adora.
Ela escuta os extremos,
Os vivas populares; vê o amante
Nos olhos estudar-lhe as leis que dita;
O prazer a transporta, amor a encanta;
Prémios, dádivas mil ao justo, ao sábio
Magnânima confere;
Rainha esquece o que sofreu vassala:
De sublimes acções orna a grandeza,
Felicita os mortais; do ceptro é digna,
Impera em corações... Mas, Céus! Que estrondo
O sonho encantador lhe desvanece!
Inês sobressaltada
Desperta, e de repente aos olhos turvos
Da vistosa ilusão lhe foge o quadro.
Ministros do Furor, três vis algozes,
De buídos punhais a dextra armada,
Contra a bela infeliz, bramando, avançam.
Ela grita, ela treme, ela descora;
Os frutos da ternura ao seio aperta,
Invocando a piedade, os Céus, o amante;
Mas de mármore aos ais, de bronze ao pranto,
À suave atracção da formosura,
Vós, brutos assassinos,
No peito lhe enterrais os ímpios ferros.
Cai nas sombras da morte
A vítima de Amor lavada em sangue;
As rosas, os jasmins da face amena
Para sempre desbotam;
Dos olhos se lhe some o doce lume;
E no fatal momento
Balbucia, arquejando: «Esposo! Esposo!»
Os tristes inocentes
À triste mãe se abraçam,
E soltam de agonia inútil choro.
Ao suspiro exalado,
Final suspiro da formosa extinta,
Os amores acodem.
Mostra a prole de Inês, e tua, ó Vénus,
Igual consternação e igual beleza:
Uns dos outros os cândidos meninos
Só nas asas diferem
(Que jazem pelo campo em mil pedaços
Carcases de marfim, virotes de oiro).
Súbito voam dois do coro alado:
Este, raivoso, a demandar vingança
No tribunal de Jove;
Aquele a conduzir o infausto anúncio
Ao descuidado amante.
Nas cem tubas da Fama o grão desastre
Irá pelo Universo.
Hão-de chorar-te, Inês, na Hircânia os tigres;
No torrado sertão da Líbia fera,
As serpes, os leões hão-de chorar-te.
Do Mondego, que atónito recua,
Do sentido Mondego as alvas filhas
Em tropel doloroso
Das urnas de cristal eis vêm surgindo;
Eis, atentas no horror do caso infando,
Terríveis maldições dos lábios vibram
Aos monstros infernais, que vão fugindo,
Já c'roam de cipreste a malfadada,
E, arrepelando as nítidas madeixas,
Lhe urdem saudosas, lúgubres endeixas.
Tu, Eco, as decoraste,
E, cortadas dos ais, assim ressoam
Nos côncavos penedos, que magoam:
«Toldam-se os ares,
Murcham-se as flores;
Morrei, Amores,
Que Inês morreu.
«Mísero esposo,
Desata o pranto,
Que o teu encanto
Já não é teu.
«Sua alma pura
Nos Céus se encerra;
Triste da Terra,
Porque a perdeu.
«Contra a cruenta
Raiva íerina,
Face divina
Não lhe valeu.
«Tem roto o seio
Tesoiro oculto,
Bárbaro insulto
Se lhe atreveu.
«De dor e espanto
No carro de oiro
O Númen loiro
Desfaleceu.
«Aves sinistras
Aqui piaram
Lobos uivaram,
O chão tremeu.
«Toldam-se os ares,
Murcham-se as flores:
Morrei, Amores,
Que Inês morreu.» 
 



publicado por Laços Eternos às 19:23
Quinta-feira, 26 de Março de 2009

 A partir das estrofes do episódio de Inês de Castro d' Os Lusíadas elaborámos este trabalho.

 
 
Passada esta tão próspera vitória,
Tornado Afonso à Lusitana Terra,
A se lograr da paz com tanta glória
Quanta soube ganhar na dura guerra,
O caso triste e dino da memória,
Que do sepulcro os homens desenterra,
Aconteceu da mísera e mesquinha
Que despois de ser morta foi Rainha.
 

Tu, só tu, puro amor, com força crua,
Que os corações humanos tanto obriga,
Deste causa à molesta morte sua,
Como se fora pérfida inimiga.
Se dizem, fero Amor, que a sede tua
Nem com lágrimas tristes se mitiga,
É porque queres, áspero e tirano
Tuas aras banhar em sangue humano.

Estavas, linda Inês, posta em sossego,
De teus anos colhendo o doce fruto,
Naquele engano da alma, ledo e cego,
Que a Fortuna não deixa durar muito;
Nos saudosos campos do Mondego,
De teus fermosos olhos nunca enxuto,
Aos montes ensinando e às ervinhas
O nome que no peito escrito tinhas.


De teu príncipe ali te respondiam
As lembranças que na alma lhe moravam,
Que sempre ante seus olhos te traziam,
Quando dos teus fermosos se apartavam;
De noite, em doces sonhos que mentiam,
De dia, em pensamentos que voavam,
E quanto enfim cuidava e quanto via
Eram tudo memórias de alegria.


De outras belas senhoras e princesas
Os desejados tálamos enjeita,
Que tudo enfim, tu, puro amor, desprezas,
Quando um gesto suave te sujeita.
Vendo estas namoradas estranhezas,
O velho pai sisudo, que respeita
O murmurar do povo e a fantasia
Do filho que casar-se não queria,



Tirar Inês ao mundo determina,
Por lhe tirar o filho que tem preso,
Crendo co¹o sangue só da morte indigna
Matar do firme amor o fogo aceso.
Que furor consentiu que a espada fina,
Que pôde sustentar o grande peso
Do furor mauro, fosse alevantada
Contra ua dama delicada?
 
Traziam-na os horríficos algozes
Ante o Rei, já movido a piedade;
Mas o povo, com falsas e ferozes
Razões, à morte crua o persuade.
Ela, com tristes e piedosas vozes,
Saídas só da mágoa e saudade
Do seu Príncipe e filhos, que deixava,
Que mais que a própria morte a magoava,

(...)


publicado por Laços Eternos às 16:41
Quinta-feira, 26 de Março de 2009

 Este texto foi construído para ser dramatizado na Quinta das Lágrimas, no entanto, por falta de tempo não foi possível fazê-lo.

 

Descrição das personagens:
 
·         Pedro: Era um rapaz de boas famílias, muito popular entre os amigos e conhecidos da escola e não só. Era também conhecido por toda a cidade devido aos negócios do seu pai.
Atraía todas as raparigas à sua volta. Tinha o cabelo de uma cor muito própria, algo parecida com castanho dourado; os seus olhos eram de um verde brilhante, que encantava qualquer uma.
 
·         Inês: Era uma simples rapariga da cidade. Não sofria de dificuldades financeiras mas também não era rica. Não era propriamente popular. Mas ela também dispensava isso. Era uma boa aluna e gostava de se sentir útil durante os tempos livres, por isso ajudava quem mais precisava.
Era bastante bonita mas poucas pessoas se apercebiam disso, uma vez que ela trazia sempre os seus longos cabelos loiros atados em rabo-de-cavalo.
 
·         Constança: era tudo o que uma rapariga gostaria de ser: bonita, popular, rica e , principalmente, namorada de Pedro. Escolhe Inês para sua companheira num trabalho de grupo, por saber que terá melhores notas.
 
Certo dia, enquanto Constança e Pedro namoravam, Inês pensava em várias formas de interromper o par romântico.
Inês: (Tosse) - Desculpem incomodar…
(Com ar simpático) Constança: Não faz mal. Que se passa?
Inês: Só te queria dizer que o trabalho está quase terminado.
(Com ar arrogante) Constança: Ah, ok! Depois falamos disso.
Inês: Ok! Tchau.
 
Pedro não dissera nada durante a conversa, mas Inês sentia que os olhos dele a observavam enquanto se afastava deles.
Este escondia muito bem o que sentia mas naquela altura essa tarefa revelou-se extremamente difícil de cumprir.
Algo em Inês o tinha deixado transtornado. Nunca tinha reparado em Inês, mas vê-la ali à sua frente fê-lo perceber de quão bela era ela.
Os dias passavam e Constança notava que Pedro se tinha afastado dela.
 
(Perto dos cacifos.)
 
Inês (Envergonhada, dirige-se a Pedro): Olá!
Pedro (Mostrando um nervoso miudinho): Olá!
Inês: Desculpa chatear-te, viste a Constança? Precisava de falar com ela…
Pedro: Não, ainda não a vi hoje. Queres que lhe dê o teu número para falares com ela?
Inês: Sim, pode ser. Aqui tens… (Entregando-lhe um papel.)
Pedro: Obrigada. Eu entrego-lhe quando a vir.
Inês: Ok, obrigada. (Sai de cena.)
 
Passam-se os dias e Pedro continua afastado de Constança. Ninguém sabe, mas ele nunca lhe entregou o papel e, como ainda ninguém lhe tinha pedido justificações, ele não fez intenção de as dar a quem quer que fosse.
 
Pedro sabia o que sentia. Gostava de Inês. Mas deixar Constança para ficar com ela era totalmente impossível naquele momento. Os pais eram conflituosos com esse assunto e viam Constança como um bom partido para ele além de dar uma boa imagem.
Pedro decidiu, iria ligar a Inês e falar com ela.
 
(Toca o Telefone de Inês)
 
(Inês atende.) Inês: Estou?
(Envergonhado) Pedro: Hum… Olá…
Inês: Quem fala?
Pedro: É o Pedro, namorado da Constança.
(Mostra-se surpreendida) Inês: Não estava nada à espera. Passa-se alguma coisa?
Pedro: Sim passa. Preciso de falar contigo. Podes vir ter comigo ao Jardim daqui a 15 minutos?
Inês: Sim, claro. Lá estarei.
Pedro: Até já.
 
( Fim da chamada.)
 
Passados 15 minutos…
 
(Pedro encontra-se sentado num banco. Inês chega ao local de encontro)
 
Inês: Hum… Olá…
Pedro: Olá Inês.
Inês: Está tudo bem contigo?
Pedro: Mais ou menos. Houve, tenho uma coisa demasiado séria para falar contigo.
(Mostra um ar preocupado) Inês: O que se passa?
Pedro: Desde aquele dia em que foste ter comigo e com a Constança que não me sais do pensamento. Para mim és muito superior a ela… Eu… (baixa a cabeça e mostra um ar extremamente envergonhado) gosto de ti.
(Demasiado sério) Inês: Eu nunca esperei ouvir isso de ti. Eu também gosto de ti. Bastante… Mas… Tu namoras com a Constança.
Pedro: Sim eu sei. E… Ela é uma boa imagem, os meus pais pensam que ela é um bom partido para mim. Eu não a posso deixar.
Inês: E então? O que queres fazer?
(Olha para os olhos de Inês) Pedro: Eu estou disposto a tentar. Mas sem ninguém saber. Pelo menos por agora. Peço-te…
 
(Nisto Inês dá a mão a Pedro e a cena termina assim.)
 
Os dias passavam-se e Inês e Pedro viviam o seu amor em plena felicidade, porém às escondidas de todos. Um dia, o imprevisto aconteceu:
 
( Mostra um ar sério e preocupado) Inês: Pedro, preciso de falar contigo.
Pedro: O que se passa? Estás com um ar…
Inês: O que eu tenho para te contar é muito grave…
Pedro: Inês, o que é que se passa? Estás a preocupar-me…
Inês: Eu estou grávida…
(Faz-se silêncio. Pedro olha para Inês)
Pedro: Tu estás o quê?
(Mostra-se exaltada) Inês: Grávida Pedro! Grávida! Como é que isto foi acontecer? Não podia ter acontecido!
Pedro: Calma! Eu vou estar contigo a apoiar-te. Nós vamos resolver as coisas…
 
(Na escola.)
 
Constança continuava a ser a namorada de Pedro, mas parecia que algo ia mudar…
 
Constança: Pedro, tenho uma coisa para te dizer…
(Diz baixinho) Pedro: Ai, outra não.
(Faz um ar confuso) Constança: O que é que disseste?
Pedro: Nada, nada… O que se passa?
Constança: Eu ainda não tinha tido coragem para te contar. Mas os meus pais decidiram mudar-se.
Pedro: Mudar-se? Mas… Para onde?
Constança: Para longe, Pedro.
Pedro: Para longe? Mas como assim?
Constança: Nós vamos morar para o Reino Unido. O meu pai conseguiu lá uns contratos importantíssimos e vamos ter mesmo que ir…
Pedro: E nós?
Constança: Receio que vamos ter de ficar por aqui. Eu gosto de ti. Muito mesmo. Mas sabes que não acredito numa relação à distância…
Pedro: Eu compreendo. Eu também acho que não iria resultar. Guardo um carinho especial por ti…
Constança: Eu também.
 
(Despedem-se)
 
Entretanto, Constança foi para o Reino Unido e Pedro já não tinha empecilhos para a sua relação com Inês, excepto do facto do pai não aceitar muito bem todas aquelas que não fossem ricas, poderosas e populares.
 
(Em casa de Pedro)
(Ao telefone)
 
 
Pedro: Contei ao meu pai sobre ti.
Inês: Contaste-lhe que eu estava grávida?
Pedro: Não, achei melhor ser uma coisa de cada vez.
Inês: Muito bem… E ele?
(Diz num tom triste) Pedro: Não gostou nada da ideia…
Inês: Pois já era de esperar…
Pedro: Vemo-nos amanhã?
Inês: Sim, claro! Beijos
Pedro: Beijos até amanhã
 
(Pedro desliga e a cena termina)
 
Afonso: Estavas a falar com Constança?
Pedro: Não…
Afonso: Com Inês?
Pedro: Sim… Porquê?
Afonso (suspiro): Sabes que não quero que andes com essa… Afasta-te dela…
 Pedro: Mas eu amo-a!
Afonso (Mantendo a autoridade): Então deixa de amar!
Pedro: Mas como!?
Afonso: Simples… Telefonei para o pai de Constança… Amanhã mesmo vais directo para o Reino Unido ter com ele e Constança.
Pedro: Mas pai a Inês está…
Afonso: Não me interessa a Inês! O passaporte está no teu quarto e não se fala mais nisso! Vai para o quarto… Amanhã tens que te levantar cedo.
 
(Pedro vai para o quarto)
(Cena termina)
 
(Na escola)
 
Inês está sentada num banco quando Afonso chega ao pé dela…
 
Afonso (tosse)
Inês: Oh desculpe… Não me dei conta da sua presença.
Afonso: Não faz mal. A menina chama-se Inês de Castro?
Inês: Sim, chamo. Precisa de alguma coisa?
Afonso: Não. Vim apenas informá-la de que Pedro partiu esta manhã para o Reino Unido ter com Constança, felizmente percebeu a tempo que o seu lugar era ao lado dela.
Inês não responde, fica estupefacta com a notícia
Afonso: Não diz nada!? É mesmo do seu tipo! Não merece a companhia de Pedro. Até nunca mais se Deus quiser…
 
(Afonso sai de cena)
 
Inês começa a chorar olhando para a sua barriga ao mesmo tempo que a acaricia e diz-lhe:
Inês (soluçando): Parece que agora somos só nós os dois…

 

 

 

Feito por: Inês Costa, Ana Fernandes, Inês Lopes, Telma Alves e Célia Carmo



publicado por Laços Eternos às 16:37
Quinta-feira, 26 de Março de 2009

Era uma vez um jovem desconhecido que vivia na emoção da descoberta.

Mas, descobrir o quê?

Um dia, esse jovem bom e sensível, com um grande coração, decidiu meter-se a viagem. Vestiu as suas Levi's 501, calçou as suas botas de cabedal preto e pôs a mochila às costas. Tinha tudo para uma viagem; a sopa instantânea, as pastilhas para o enjoo, a máquina fotográfica e os livros de banda desenhada.

Mas, faltava-lhe o destino...

Então, de repente, viu passar à frente dos seus olhos uma chinesa e disse:

-"Vou para a Índia."

E lá foi ele a correr, sem parar, para ver se ainda conseguia apanhar o último ferry-boat.

Havia passageiros de todas as espécies e variedades mas, entre eles, destacava-se um homem mau. Acho que a sua maldade provinha do excesso de vinho, tequilla, whisky, absinto e outras bebidas alcoólicas.

O pessoal do barco até o costumava chamar de Baco, deus do vinho... E tinha cá umas cores...

O homem mau parece que tinha problemas com a vida. Então não é que, uma vez, durante a viagem, de ter tanta inveja do jovem, Vasco de seu nome, provocou uma tempestade no mar!

Entraram todos em pânico julgando que era a tragédia do Titanic,

O jovem Vasco ficou tão assustado e com tanto medo que só se lembrava do futuro que ainda poderia ter a vir se não morresse, dos filhos que poderia ter, da reforma avantajada que o governo lhe poderia dar se ele chegasse a ser alguém na vida.

E foi aí, a pensar na reforma, que ele, com uma coragem de leão, entre os raios da tempestade se levantou com a bóia de salvação à cinura e pediu a Deus e ao Anjo da Guarda que o ajudassem a sair vivo daquela tempestade. De repente, a tormenta parou.

Não foi Deus nem mesmo o Anjo da Guarda (este era um ex-ministro do governo e as boas reformas estão caras), foi uma boa e desconhecida senhora, ou menina... quem sabe?

Houve ainda uma outra aventura durante a viagem: algém encontrou a lâmpada do Aladino, esfregou-a e apareceu um gigante, mas não era azul e era mau, também não tinha três desejos para a tripulação - o desejo que ele tinha era o de servir de empate na viagem. O jovem, como tinha visto todos os episódios do Macgyver e até tinha uma navalha igual à do tal,  construiu uma bomba nuclear igual às usadas no Atol de Mururoa pelos Franceses...

Mas pronto, adiante.

Enquanto esteve na Índia, o jovem fez de tudo: tirou fotografias, comprou mais sopa instantânea para o regresso, escreveu aos amigos, descobriu que o desastre do Titanic seria uns aninhos mais tarde e comprou presentes para os familiares e amigos. Decidiu também que, nas próximas eleições, iria votar em quem lhe desse uma reforma maior.

Na viagem de regresso, o jovem já estava muito cansado e com muitas saudades da namorada; então, aquela senhora ou menina, muita linda, que devia ser prima do David Copperfield e que devia comprar as suas roupas nas lojas do Jean Paul Gaultier ou na Feira da Ladra, por serem tão, mas tão transparentes, fez aparecer uma ilha no meio do oceano.

Quando o barco atracou ao cais, a tripulação saiu e havia duas placas a indicar o caminho - uma dizia Las Vegas e a outra Ilha dos Amores. Nesta última estava uma fotografia da Madonna a fazer publicidade ao seu albúm "EROTIC".

O jovem foi para Las Vegas para jogar nos casinos; mas como era menor de idade, não o deixaram entrar. Frustrado e desiludido, saiu de Las Vegas. Dirigia-se ao barco quando, de repente, viu uma moça a chamá-lo, lá do lado da Ilha dos Amores. Foi ter com ela e ficaram a conhecer-se; Ela chamava-se Tétis e ele, achando-a totalmente diferente da sua apaixonada, apaixonou-se por ela. Tão feliz por isso, e com a cybernet e os computadores já tinham chegado à Ilha, Vasco inventou um jogo de computador e deu-lhe o nome de "Tétris".

Ao longe estava a tal senhora ou menina com o seu vestido branco transparente a olhar, feliz para eles.

Mais tarde, soube-se que ela se chamava Vénus e que não era prima do David Cooperfield mas sim da Claudia Schiffer e que os vestidos eram dela.

Na hora da partida, o jovem prometeu à amada que lhe escreveria todos os dias por correio azul... Tal nunca sucedeu - o jovem Vasco casou com a outra, teve seis filhos e não teve uma reforma decente; Tétis por seu lado ficou grávida dele, convidou Vénus (que não estivera presente...) para madrinha do filho, de nome Vasco da Gama Júnior e enriqueceu com a venda dos jogos "Tétris".

E, claro, foram todos felizes para sempre...

 

Adaptação de Dr. Jorge Cameira

(Artigo retirado do jornal "Expressão", da Escola Secundária Afonso de Albuquerque, Guarda)

 



publicado por Laços Eternos às 16:36
Blog construído para o Concurso Inês de Castro.O nosso grupo é constituído pela Ana Fernandes, Inês Costa, Inês Lopes, Telma Alves e Célia Carmo, 9º C da EB 2/3 Padre António Lourenço Farinha – Sertã.
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