Quinta-feira, 26 de Março de 2009

 Este texto foi construído para ser dramatizado na Quinta das Lágrimas, no entanto, por falta de tempo não foi possível fazê-lo.

 

Descrição das personagens:
 
·         Pedro: Era um rapaz de boas famílias, muito popular entre os amigos e conhecidos da escola e não só. Era também conhecido por toda a cidade devido aos negócios do seu pai.
Atraía todas as raparigas à sua volta. Tinha o cabelo de uma cor muito própria, algo parecida com castanho dourado; os seus olhos eram de um verde brilhante, que encantava qualquer uma.
 
·         Inês: Era uma simples rapariga da cidade. Não sofria de dificuldades financeiras mas também não era rica. Não era propriamente popular. Mas ela também dispensava isso. Era uma boa aluna e gostava de se sentir útil durante os tempos livres, por isso ajudava quem mais precisava.
Era bastante bonita mas poucas pessoas se apercebiam disso, uma vez que ela trazia sempre os seus longos cabelos loiros atados em rabo-de-cavalo.
 
·         Constança: era tudo o que uma rapariga gostaria de ser: bonita, popular, rica e , principalmente, namorada de Pedro. Escolhe Inês para sua companheira num trabalho de grupo, por saber que terá melhores notas.
 
Certo dia, enquanto Constança e Pedro namoravam, Inês pensava em várias formas de interromper o par romântico.
Inês: (Tosse) - Desculpem incomodar…
(Com ar simpático) Constança: Não faz mal. Que se passa?
Inês: Só te queria dizer que o trabalho está quase terminado.
(Com ar arrogante) Constança: Ah, ok! Depois falamos disso.
Inês: Ok! Tchau.
 
Pedro não dissera nada durante a conversa, mas Inês sentia que os olhos dele a observavam enquanto se afastava deles.
Este escondia muito bem o que sentia mas naquela altura essa tarefa revelou-se extremamente difícil de cumprir.
Algo em Inês o tinha deixado transtornado. Nunca tinha reparado em Inês, mas vê-la ali à sua frente fê-lo perceber de quão bela era ela.
Os dias passavam e Constança notava que Pedro se tinha afastado dela.
 
(Perto dos cacifos.)
 
Inês (Envergonhada, dirige-se a Pedro): Olá!
Pedro (Mostrando um nervoso miudinho): Olá!
Inês: Desculpa chatear-te, viste a Constança? Precisava de falar com ela…
Pedro: Não, ainda não a vi hoje. Queres que lhe dê o teu número para falares com ela?
Inês: Sim, pode ser. Aqui tens… (Entregando-lhe um papel.)
Pedro: Obrigada. Eu entrego-lhe quando a vir.
Inês: Ok, obrigada. (Sai de cena.)
 
Passam-se os dias e Pedro continua afastado de Constança. Ninguém sabe, mas ele nunca lhe entregou o papel e, como ainda ninguém lhe tinha pedido justificações, ele não fez intenção de as dar a quem quer que fosse.
 
Pedro sabia o que sentia. Gostava de Inês. Mas deixar Constança para ficar com ela era totalmente impossível naquele momento. Os pais eram conflituosos com esse assunto e viam Constança como um bom partido para ele além de dar uma boa imagem.
Pedro decidiu, iria ligar a Inês e falar com ela.
 
(Toca o Telefone de Inês)
 
(Inês atende.) Inês: Estou?
(Envergonhado) Pedro: Hum… Olá…
Inês: Quem fala?
Pedro: É o Pedro, namorado da Constança.
(Mostra-se surpreendida) Inês: Não estava nada à espera. Passa-se alguma coisa?
Pedro: Sim passa. Preciso de falar contigo. Podes vir ter comigo ao Jardim daqui a 15 minutos?
Inês: Sim, claro. Lá estarei.
Pedro: Até já.
 
( Fim da chamada.)
 
Passados 15 minutos…
 
(Pedro encontra-se sentado num banco. Inês chega ao local de encontro)
 
Inês: Hum… Olá…
Pedro: Olá Inês.
Inês: Está tudo bem contigo?
Pedro: Mais ou menos. Houve, tenho uma coisa demasiado séria para falar contigo.
(Mostra um ar preocupado) Inês: O que se passa?
Pedro: Desde aquele dia em que foste ter comigo e com a Constança que não me sais do pensamento. Para mim és muito superior a ela… Eu… (baixa a cabeça e mostra um ar extremamente envergonhado) gosto de ti.
(Demasiado sério) Inês: Eu nunca esperei ouvir isso de ti. Eu também gosto de ti. Bastante… Mas… Tu namoras com a Constança.
Pedro: Sim eu sei. E… Ela é uma boa imagem, os meus pais pensam que ela é um bom partido para mim. Eu não a posso deixar.
Inês: E então? O que queres fazer?
(Olha para os olhos de Inês) Pedro: Eu estou disposto a tentar. Mas sem ninguém saber. Pelo menos por agora. Peço-te…
 
(Nisto Inês dá a mão a Pedro e a cena termina assim.)
 
Os dias passavam-se e Inês e Pedro viviam o seu amor em plena felicidade, porém às escondidas de todos. Um dia, o imprevisto aconteceu:
 
( Mostra um ar sério e preocupado) Inês: Pedro, preciso de falar contigo.
Pedro: O que se passa? Estás com um ar…
Inês: O que eu tenho para te contar é muito grave…
Pedro: Inês, o que é que se passa? Estás a preocupar-me…
Inês: Eu estou grávida…
(Faz-se silêncio. Pedro olha para Inês)
Pedro: Tu estás o quê?
(Mostra-se exaltada) Inês: Grávida Pedro! Grávida! Como é que isto foi acontecer? Não podia ter acontecido!
Pedro: Calma! Eu vou estar contigo a apoiar-te. Nós vamos resolver as coisas…
 
(Na escola.)
 
Constança continuava a ser a namorada de Pedro, mas parecia que algo ia mudar…
 
Constança: Pedro, tenho uma coisa para te dizer…
(Diz baixinho) Pedro: Ai, outra não.
(Faz um ar confuso) Constança: O que é que disseste?
Pedro: Nada, nada… O que se passa?
Constança: Eu ainda não tinha tido coragem para te contar. Mas os meus pais decidiram mudar-se.
Pedro: Mudar-se? Mas… Para onde?
Constança: Para longe, Pedro.
Pedro: Para longe? Mas como assim?
Constança: Nós vamos morar para o Reino Unido. O meu pai conseguiu lá uns contratos importantíssimos e vamos ter mesmo que ir…
Pedro: E nós?
Constança: Receio que vamos ter de ficar por aqui. Eu gosto de ti. Muito mesmo. Mas sabes que não acredito numa relação à distância…
Pedro: Eu compreendo. Eu também acho que não iria resultar. Guardo um carinho especial por ti…
Constança: Eu também.
 
(Despedem-se)
 
Entretanto, Constança foi para o Reino Unido e Pedro já não tinha empecilhos para a sua relação com Inês, excepto do facto do pai não aceitar muito bem todas aquelas que não fossem ricas, poderosas e populares.
 
(Em casa de Pedro)
(Ao telefone)
 
 
Pedro: Contei ao meu pai sobre ti.
Inês: Contaste-lhe que eu estava grávida?
Pedro: Não, achei melhor ser uma coisa de cada vez.
Inês: Muito bem… E ele?
(Diz num tom triste) Pedro: Não gostou nada da ideia…
Inês: Pois já era de esperar…
Pedro: Vemo-nos amanhã?
Inês: Sim, claro! Beijos
Pedro: Beijos até amanhã
 
(Pedro desliga e a cena termina)
 
Afonso: Estavas a falar com Constança?
Pedro: Não…
Afonso: Com Inês?
Pedro: Sim… Porquê?
Afonso (suspiro): Sabes que não quero que andes com essa… Afasta-te dela…
 Pedro: Mas eu amo-a!
Afonso (Mantendo a autoridade): Então deixa de amar!
Pedro: Mas como!?
Afonso: Simples… Telefonei para o pai de Constança… Amanhã mesmo vais directo para o Reino Unido ter com ele e Constança.
Pedro: Mas pai a Inês está…
Afonso: Não me interessa a Inês! O passaporte está no teu quarto e não se fala mais nisso! Vai para o quarto… Amanhã tens que te levantar cedo.
 
(Pedro vai para o quarto)
(Cena termina)
 
(Na escola)
 
Inês está sentada num banco quando Afonso chega ao pé dela…
 
Afonso (tosse)
Inês: Oh desculpe… Não me dei conta da sua presença.
Afonso: Não faz mal. A menina chama-se Inês de Castro?
Inês: Sim, chamo. Precisa de alguma coisa?
Afonso: Não. Vim apenas informá-la de que Pedro partiu esta manhã para o Reino Unido ter com Constança, felizmente percebeu a tempo que o seu lugar era ao lado dela.
Inês não responde, fica estupefacta com a notícia
Afonso: Não diz nada!? É mesmo do seu tipo! Não merece a companhia de Pedro. Até nunca mais se Deus quiser…
 
(Afonso sai de cena)
 
Inês começa a chorar olhando para a sua barriga ao mesmo tempo que a acaricia e diz-lhe:
Inês (soluçando): Parece que agora somos só nós os dois…

 

 

 

Feito por: Inês Costa, Ana Fernandes, Inês Lopes, Telma Alves e Célia Carmo



publicado por Laços Eternos às 16:37
Blog construído para o Concurso Inês de Castro.O nosso grupo é constituído pela Ana Fernandes, Inês Costa, Inês Lopes, Telma Alves e Célia Carmo, 9º C da EB 2/3 Padre António Lourenço Farinha – Sertã.
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